Passados cerca de 6 anos da eclosão da recente crise
capitalista, o que se observa de novo é uma lenta recuperação das
economias centrais e uma queda no ritmo de crescimento dos chamados
países emergentes, entre estes, o Brasil. O declínio do ciclo de
crescimento, nestes últimos, reflete-se de forma mais acentuada nas
condições de vida dos trabalhadores e na disputa entre as oligarquias,
ameaçando governos não alinhados com o imperialismo e aumentando as
dificuldades econômicas dos chamados países emergentes e em
desenvolvimento.
Os comunistas revolucionários agrupados no PCML, armados da ciência do marxismo-leninismo, vêm apresentando à classe operária os resultados de seus estudos e o diagnóstico de que estamos diante de uma grave crise do sistema capitalista que pode ser qualificada como uma Crise de Transição. Não há, definitivamente, solução dentro desse sistema que apenas gera miséria e torturas para os trabalhadores, como observou Marx.
Desta forma reafirmamos que apenas uma verdadeira Revolução Comunista em nosso país será capaz de romper com as amarras com as quais o imperialismo suga nossas riquezas, operando uma transferência massiva de mais-valia para o centro do sistema, talvez somente comparável à Acumulação Primitiva de Capital que Marx analisou em sua obra máxima.
Os eventos mundiais (Copa do Mundo e Olimpíadas) obviamente aquecem a economia, essencialmente a construção civil e o turismo, no entanto, estas atividades implicam no combate à economia informal, especialmente através do discurso do combate ao tráfico de drogas, o que transforma bairros proletários em zonas de guerra, acarretando no aumento da violência nas grandes cidades.
Desde a eclosão da última crise em 2008 também é possível dizer que o imperialismo, além de intensificar o horror econômico, aumentou o horror da guerra. São milhares de mortos, milhares de pessoas deslocadas de seus territórios de origem (pogrons) e destruição de importantes equipamentos de infraestrutura. A lista de países alvos da fúria genocida e calculada do imperialismo é extensa: Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Palestina, Ucrânia e tantos outros! As diversas guerras localizadas e contínuas parecem substituir os grandes conflitos mundiais já vivenciados pela humanidade. Mas não há quem não acompanhe razoavelmente o que ocorre em volta para não se perguntar sobre se um conflito maior não está por vir. As ações do imperialismo exigirão rigor dos futuros historiadores em classificá-las: semelhantes a Hiroshima e Nagasaki? Aos extermínios de homens, mulheres e crianças nos campos de concentração nazistas?
Trata-se de uma verdadeira Guerra de Classes, na qual interesses antagônicos se medem cotidianamente. Como em qualquer guerra, há momentos de atacar e momentos de defender, e o papel do estado maior central da classe operária, seu Partido Comunista, é o de acumular forças, sem ilusões, para o embate final futuro que é uma necessidade histórica.
Posto isso, qual é a candidatura que dentro desse complexo quadro internacional, marcado pelo recrudescimento das guerras imperialistas em todo o mundo, pode representar efetivamente uma posição defensiva da classe operária?
O Partido Comunista Marxista-Leninista, indica a todo o proletariado e seus aliados o voto na candidata Dilma Rousseff. Dilma, embora tenha adaptado suas ideias de transformação da realidade brasileira, de acordo com a nova situação vivida pelo país, diante da atual correlação de forças e desenvolvimento da consciência revolucionária do povo brasileiro, por sua trajetória de vida, de origem humilde e revolucionária, chegou ao limite máximo de moral e idealismo revolucionário combatendo em armas a ditadura militar do capital no Brasil. Foi presa e torturada, sobreviveu e foi coerente com suas posições até os dias atuais; sua passagem pelo PDT aos tempos da liderança de Leonel Brizola deveu-se a uma posição política adotada por uma parte do egresso grupo de esquerda liderado por Carlos Lamarca, cuja análise das mudanças da realidade mundiais e do Brasil compreendia o espaço para a construção de um partido de massas capaz de assegurar a democracia no país e o conjunto de liberdades contidas nesse conceito que propiciasse o desenvolvimento do país, permitindo que o povo trabalhador saísse das amarras da opressão, da miséria absoluta, e da situação de analfabetismo extremas, fortalecendo a sua consciência e acumulação de forças para um posterior momento de lutas e transformações mais decisivas rumo à sua libertação.
Como presidenta do Brasil, Dilma demonstrou a força de seu caráter, ao não ceder às pressões que pediam por um alinhamento automático ao imperialismo estadunidense. Isso ficou comprovado em seu corajoso discurso na ONU contra a espionagem promovida pela NSA, e pela reação a esse escândalo, que resultou no cancelamento de sua visita de Estado aos EUA, apesar do choro dos monopólios da imprensa.
Dilma também iniciou uma importante política de valorização do papel do Estado, ainda que tímida, diante das mazelas geradas pela Crise do Capital. Dentro desse contexto, deve ser defendida a forma de enfrentamento às consequências da crise: casas populares e aumento do investimento em saúde e educação. Aqui se destaca a destinação de 75% dos royalties do Pré-Sal para a educação e 25% para a saúde e o programa Mais Médicos, que mesmo não resolvendo os problemas estruturais nessa área, investe seriamente, com o apoio solidário da Revolução Cubana e de seus médicos, no combate à falta de assistência médica e às desigualdades regionais.
No entanto, a melhor resposta ao agravamento do quadro geopolítico internacional foi a VI Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Fortaleza, no último 15 de julho. A Declaração da Cúpula representa um passo importante na configuração de um bloco que se alinha na contra-tendência ao imperialismo mundial. O que fica claro nas duas medidas aprovadas: a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e o do Fundo Monetário do BRICS, contraponto à hegemonia imperialista no Banco Mundial e no FMI (Fundo Monetário Internacional). Além da reunião dos 5 membros do BRICS, houve encontro com os 33 países da CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), sinal da importância que o Brasil atribui ao bloco regional.
O Novo Banco de Desenvolvimento tem como objetivo mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável dos países do BRICS e de outras economias emergentes e em desenvolvimento. O capital inicial autorizado será de US$ 100 bilhões.
O fundo comum de reservas, também aprovado no encontro, terá uma quantia inicial de US$ 100 bilhões.
O sucesso da Cúpula do BRICS pode ser considerada a segunda Copa do Mundo da Presidenta Dilma Rousseff. Se o cenário de desestabilização não ocorreu na Copa, as eleições presidenciais são o novo campo de batalha. Se as eleições são terreno onde as classes dominantes se sentem à vontade para manter sua dominação, há elemento diferencial a ser considerado: mesmo o terreno eleitoral oferece, nas circunstâncias atuais, pouca segurança para o capitalismo em sua fase terminal. Aproveitar o acirramento dessas contradições para isolar os setores mais reacionários das oligarquias e avançar nas condições subjetivas para a revolução deve ser o objetivo central dos comunistas revolucionários.
Diante do fracasso da candidatura de Aécio Neves, as oligarquias aplicaram um golpe de mestre, sacrificando um de seus candidatos, em uma demonstração de desespero, buscando uma inversão de último minuto baseada em uma forte campanha midiática para tentar emplacar a candidatura de Marina Silva, hoje, mais do que nunca, representante do setor financeiro internacional e dos grandes bancos privados, como comprova sua proposta de independência do Banco Central. Esse fato novo, demonstra a guinada cada vez mais a direita dessa candidata, que já nas eleições de 2010 serviu-se a esse papel.
Já a esquerda oportunista, que cresceu na representação mímica de Marina Silva e do PV, conduzindo o processo eleitoral brasileiro à dramática ameaça do retrocesso de suas conquistas, podendo por isso receber uma lição dos eleitores. É temerário e deseducador afirmar que não há diferença entre o governo do PT e o do PSDB, como faz a esquerda eleitoral (PPL, PSOL, PCB, PSTU, etc), ou mesmo, considerar acriticamente como um grande ascenso das massas as ditas “manifestações de junho”, mencionando em suas análises apenas as bandeiras progressistas levantadas, mas omitindo os episódios fascistas e o fato de que as mesmas foram manobradas e insufladas pela Rede Globo e pelo imperialismo através de suas “redes sociais”.
Marina Silva, que recebeu financiamento pessoal de banqueiros e de especuladores internacionais como George Soros, assumiu a falácia do discurso da terceira via, transitando seu discurso cada vez mais de uma sindicalista ligadas aos povos da floresta, como foi Chico Mendes, para um ambientalismo eco-capitalista. Isso não deve ser considerado isoladamente, mas deve ser visto do ponto de vista tático e estratégico. Sobretudo, no caso do Brasil por sua composição orgânica do capital, conforme analisado no Editorial da edição 459 em 06/06/2012:
“dada a sua conexão com a economia dos centros imperialistas, seja pela estrutura de articulação da economia (exportações, importações, fluxo financeiro, dívida pública e privada, taxa de câmbio, tecnologia, etc.) seja pelo receituário da economia política oficial, [O Brasil] será arrastado, independente, da força da organização subjetiva da classe revolucionária no país, ao inexorável abismo da erosão do paradigma de valor – isto é – a perda da efetividade da relação tempo/trabalho necessário como medida de riqueza na sociedade. Tal processo é derivado das distintas composições orgânicas de capital das economias interconectadas, que por relação inversa na composição de valor do trabalho objetivado remonta às trocas desiguais como instrumento fundamental de sustentação do PIB dos países imperialistas e da economia mundial. Nesta lógica, a apropriação do tempo excedente dos países em que vige o paradigma do tempo/trabalho necessário é para os países do capitalismo avançado a condição de sustentação das relações capitalistas de produção e consumo, mesmo que objetivamente vija já como fundamento da economia o paradigma do tempo/trabalho livre dada a redução ao mínimo do tempo necessário em relação ao excedente. Nestas condições, cada crise vivida pelos países capitalistas em desenvolvimento e os subdesenvolvidos que é superada com base no paradigma da mais-valia relativa pelo aumento da composição orgânica do capital, a tendência histórica é cada vez mais caminhar para o abismo da crise de paradigma de valor. Eis o mistério que arrasta o Brasil à crise do capital e o segredo também da campanha dos centros imperialistas pela economia verde. Esta última se apresenta cada vez mais como antolho à tendência histórica da crise do capital, de transitar do paradigma do tempo/trabalho necessário para tempo/trabalho livre social, que exige, inexoravelmente, a transformação de todas as relações sociais de produção do capitalismo para um modo de produção social superior: o comunismo”.
Votar em Dilma não é apenas assegurar as mínimas conquistas neste período de 12 anos de mandatos consecutivos do Partido dos Trabalhadores, mas a certeza da continuidade do caminho democrático do país, sua relação de respeito político com os demais países da América Latina e não permitir o retrocesso e a aventura imperialista das oligarquias, que dominam a economia e as estruturas arcaicas da sociedade. É garantir a continuidade da luta do povo brasileiro e latino-americano à sua libertação que se fará inexoravelmente diante das difíceis decisões e dramáticas ações decorrentes da crise do capital no país e no mundo. Por isso nosso voto continua em Dilma Rousseff!
Isto não significa um apoio acrítico ou que nos iludamos com as possibilidades de conquistar os objetivos históricos da classe operária e do povo pobre no país através do processo eleitoral e de governos dentro das regras do capital, mas a clara análise que diante da correlação de forças do momento histórico esta via de luta cumpre importância fundamental para o prosseguimento da luta sob novas condições que necessariamente estão por vir.
Nestes termos, nossas palavras de ordem são:
Defender o povo brasileiro!
Votar em Dilma Rousseff!
Derrotar Marina, Aécio e o plano reacionário das oligarquias!
link ddo original: http://inverta.org/jornal/agencia/politica/votar-em-dilma-e-defender-o-brasil
Os comunistas revolucionários agrupados no PCML, armados da ciência do marxismo-leninismo, vêm apresentando à classe operária os resultados de seus estudos e o diagnóstico de que estamos diante de uma grave crise do sistema capitalista que pode ser qualificada como uma Crise de Transição. Não há, definitivamente, solução dentro desse sistema que apenas gera miséria e torturas para os trabalhadores, como observou Marx.
Desta forma reafirmamos que apenas uma verdadeira Revolução Comunista em nosso país será capaz de romper com as amarras com as quais o imperialismo suga nossas riquezas, operando uma transferência massiva de mais-valia para o centro do sistema, talvez somente comparável à Acumulação Primitiva de Capital que Marx analisou em sua obra máxima.
Os eventos mundiais (Copa do Mundo e Olimpíadas) obviamente aquecem a economia, essencialmente a construção civil e o turismo, no entanto, estas atividades implicam no combate à economia informal, especialmente através do discurso do combate ao tráfico de drogas, o que transforma bairros proletários em zonas de guerra, acarretando no aumento da violência nas grandes cidades.
Desde a eclosão da última crise em 2008 também é possível dizer que o imperialismo, além de intensificar o horror econômico, aumentou o horror da guerra. São milhares de mortos, milhares de pessoas deslocadas de seus territórios de origem (pogrons) e destruição de importantes equipamentos de infraestrutura. A lista de países alvos da fúria genocida e calculada do imperialismo é extensa: Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Palestina, Ucrânia e tantos outros! As diversas guerras localizadas e contínuas parecem substituir os grandes conflitos mundiais já vivenciados pela humanidade. Mas não há quem não acompanhe razoavelmente o que ocorre em volta para não se perguntar sobre se um conflito maior não está por vir. As ações do imperialismo exigirão rigor dos futuros historiadores em classificá-las: semelhantes a Hiroshima e Nagasaki? Aos extermínios de homens, mulheres e crianças nos campos de concentração nazistas?
Trata-se de uma verdadeira Guerra de Classes, na qual interesses antagônicos se medem cotidianamente. Como em qualquer guerra, há momentos de atacar e momentos de defender, e o papel do estado maior central da classe operária, seu Partido Comunista, é o de acumular forças, sem ilusões, para o embate final futuro que é uma necessidade histórica.
Posto isso, qual é a candidatura que dentro desse complexo quadro internacional, marcado pelo recrudescimento das guerras imperialistas em todo o mundo, pode representar efetivamente uma posição defensiva da classe operária?
O Partido Comunista Marxista-Leninista, indica a todo o proletariado e seus aliados o voto na candidata Dilma Rousseff. Dilma, embora tenha adaptado suas ideias de transformação da realidade brasileira, de acordo com a nova situação vivida pelo país, diante da atual correlação de forças e desenvolvimento da consciência revolucionária do povo brasileiro, por sua trajetória de vida, de origem humilde e revolucionária, chegou ao limite máximo de moral e idealismo revolucionário combatendo em armas a ditadura militar do capital no Brasil. Foi presa e torturada, sobreviveu e foi coerente com suas posições até os dias atuais; sua passagem pelo PDT aos tempos da liderança de Leonel Brizola deveu-se a uma posição política adotada por uma parte do egresso grupo de esquerda liderado por Carlos Lamarca, cuja análise das mudanças da realidade mundiais e do Brasil compreendia o espaço para a construção de um partido de massas capaz de assegurar a democracia no país e o conjunto de liberdades contidas nesse conceito que propiciasse o desenvolvimento do país, permitindo que o povo trabalhador saísse das amarras da opressão, da miséria absoluta, e da situação de analfabetismo extremas, fortalecendo a sua consciência e acumulação de forças para um posterior momento de lutas e transformações mais decisivas rumo à sua libertação.
Como presidenta do Brasil, Dilma demonstrou a força de seu caráter, ao não ceder às pressões que pediam por um alinhamento automático ao imperialismo estadunidense. Isso ficou comprovado em seu corajoso discurso na ONU contra a espionagem promovida pela NSA, e pela reação a esse escândalo, que resultou no cancelamento de sua visita de Estado aos EUA, apesar do choro dos monopólios da imprensa.
Dilma também iniciou uma importante política de valorização do papel do Estado, ainda que tímida, diante das mazelas geradas pela Crise do Capital. Dentro desse contexto, deve ser defendida a forma de enfrentamento às consequências da crise: casas populares e aumento do investimento em saúde e educação. Aqui se destaca a destinação de 75% dos royalties do Pré-Sal para a educação e 25% para a saúde e o programa Mais Médicos, que mesmo não resolvendo os problemas estruturais nessa área, investe seriamente, com o apoio solidário da Revolução Cubana e de seus médicos, no combate à falta de assistência médica e às desigualdades regionais.
No entanto, a melhor resposta ao agravamento do quadro geopolítico internacional foi a VI Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Fortaleza, no último 15 de julho. A Declaração da Cúpula representa um passo importante na configuração de um bloco que se alinha na contra-tendência ao imperialismo mundial. O que fica claro nas duas medidas aprovadas: a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e o do Fundo Monetário do BRICS, contraponto à hegemonia imperialista no Banco Mundial e no FMI (Fundo Monetário Internacional). Além da reunião dos 5 membros do BRICS, houve encontro com os 33 países da CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), sinal da importância que o Brasil atribui ao bloco regional.
O Novo Banco de Desenvolvimento tem como objetivo mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável dos países do BRICS e de outras economias emergentes e em desenvolvimento. O capital inicial autorizado será de US$ 100 bilhões.
O fundo comum de reservas, também aprovado no encontro, terá uma quantia inicial de US$ 100 bilhões.
O sucesso da Cúpula do BRICS pode ser considerada a segunda Copa do Mundo da Presidenta Dilma Rousseff. Se o cenário de desestabilização não ocorreu na Copa, as eleições presidenciais são o novo campo de batalha. Se as eleições são terreno onde as classes dominantes se sentem à vontade para manter sua dominação, há elemento diferencial a ser considerado: mesmo o terreno eleitoral oferece, nas circunstâncias atuais, pouca segurança para o capitalismo em sua fase terminal. Aproveitar o acirramento dessas contradições para isolar os setores mais reacionários das oligarquias e avançar nas condições subjetivas para a revolução deve ser o objetivo central dos comunistas revolucionários.
Diante do fracasso da candidatura de Aécio Neves, as oligarquias aplicaram um golpe de mestre, sacrificando um de seus candidatos, em uma demonstração de desespero, buscando uma inversão de último minuto baseada em uma forte campanha midiática para tentar emplacar a candidatura de Marina Silva, hoje, mais do que nunca, representante do setor financeiro internacional e dos grandes bancos privados, como comprova sua proposta de independência do Banco Central. Esse fato novo, demonstra a guinada cada vez mais a direita dessa candidata, que já nas eleições de 2010 serviu-se a esse papel.
Já a esquerda oportunista, que cresceu na representação mímica de Marina Silva e do PV, conduzindo o processo eleitoral brasileiro à dramática ameaça do retrocesso de suas conquistas, podendo por isso receber uma lição dos eleitores. É temerário e deseducador afirmar que não há diferença entre o governo do PT e o do PSDB, como faz a esquerda eleitoral (PPL, PSOL, PCB, PSTU, etc), ou mesmo, considerar acriticamente como um grande ascenso das massas as ditas “manifestações de junho”, mencionando em suas análises apenas as bandeiras progressistas levantadas, mas omitindo os episódios fascistas e o fato de que as mesmas foram manobradas e insufladas pela Rede Globo e pelo imperialismo através de suas “redes sociais”.
Marina Silva, que recebeu financiamento pessoal de banqueiros e de especuladores internacionais como George Soros, assumiu a falácia do discurso da terceira via, transitando seu discurso cada vez mais de uma sindicalista ligadas aos povos da floresta, como foi Chico Mendes, para um ambientalismo eco-capitalista. Isso não deve ser considerado isoladamente, mas deve ser visto do ponto de vista tático e estratégico. Sobretudo, no caso do Brasil por sua composição orgânica do capital, conforme analisado no Editorial da edição 459 em 06/06/2012:
“dada a sua conexão com a economia dos centros imperialistas, seja pela estrutura de articulação da economia (exportações, importações, fluxo financeiro, dívida pública e privada, taxa de câmbio, tecnologia, etc.) seja pelo receituário da economia política oficial, [O Brasil] será arrastado, independente, da força da organização subjetiva da classe revolucionária no país, ao inexorável abismo da erosão do paradigma de valor – isto é – a perda da efetividade da relação tempo/trabalho necessário como medida de riqueza na sociedade. Tal processo é derivado das distintas composições orgânicas de capital das economias interconectadas, que por relação inversa na composição de valor do trabalho objetivado remonta às trocas desiguais como instrumento fundamental de sustentação do PIB dos países imperialistas e da economia mundial. Nesta lógica, a apropriação do tempo excedente dos países em que vige o paradigma do tempo/trabalho necessário é para os países do capitalismo avançado a condição de sustentação das relações capitalistas de produção e consumo, mesmo que objetivamente vija já como fundamento da economia o paradigma do tempo/trabalho livre dada a redução ao mínimo do tempo necessário em relação ao excedente. Nestas condições, cada crise vivida pelos países capitalistas em desenvolvimento e os subdesenvolvidos que é superada com base no paradigma da mais-valia relativa pelo aumento da composição orgânica do capital, a tendência histórica é cada vez mais caminhar para o abismo da crise de paradigma de valor. Eis o mistério que arrasta o Brasil à crise do capital e o segredo também da campanha dos centros imperialistas pela economia verde. Esta última se apresenta cada vez mais como antolho à tendência histórica da crise do capital, de transitar do paradigma do tempo/trabalho necessário para tempo/trabalho livre social, que exige, inexoravelmente, a transformação de todas as relações sociais de produção do capitalismo para um modo de produção social superior: o comunismo”.
Votar em Dilma não é apenas assegurar as mínimas conquistas neste período de 12 anos de mandatos consecutivos do Partido dos Trabalhadores, mas a certeza da continuidade do caminho democrático do país, sua relação de respeito político com os demais países da América Latina e não permitir o retrocesso e a aventura imperialista das oligarquias, que dominam a economia e as estruturas arcaicas da sociedade. É garantir a continuidade da luta do povo brasileiro e latino-americano à sua libertação que se fará inexoravelmente diante das difíceis decisões e dramáticas ações decorrentes da crise do capital no país e no mundo. Por isso nosso voto continua em Dilma Rousseff!
Isto não significa um apoio acrítico ou que nos iludamos com as possibilidades de conquistar os objetivos históricos da classe operária e do povo pobre no país através do processo eleitoral e de governos dentro das regras do capital, mas a clara análise que diante da correlação de forças do momento histórico esta via de luta cumpre importância fundamental para o prosseguimento da luta sob novas condições que necessariamente estão por vir.
Nestes termos, nossas palavras de ordem são:
Defender o povo brasileiro!
Votar em Dilma Rousseff!
Derrotar Marina, Aécio e o plano reacionário das oligarquias!
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