Friday, January 31, 2014

Governo Alckmin mostra novamente sua faceta fascista


Cláudia Campos, especial para o Batalha de Ideias.

Em 23 de janeiro, uma Operação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil, reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha a população em situação de rua na área conhecida como “Cracolândia”, região central de São Paulo. Quarenta pessoas foram detidas e agentes das secretarias municipal de Saúde e de Assistência Social, que atuavam ali pelo programa Braços Abertos e não sabiam da ação, ficaram sob fogo cruzado.
Não causa nenhum estranhamento a reação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao oferecer explicações sobre a repressão desencadeada pela ação da Polícia Civil.
Em sua declaração à imprensa, Alckmin não indica vontade e nem compromisso de apurar os excessos cometidos pelos policiais contra uma população indefesa e vulnerável. Tampouco chamou o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, para prestar explicações. Ao contrário, alinhou-se à versão de que os policiais foram agredidos, o que justificaria sua ação violenta.
Para o governador, o que está em jogo na “Cracolândia” não são as 300 pessoas que passaram a ser beneficiadas pelo programa assistencialista da prefeitura - que “tira” os “dependentes” da rua, os abriga em hotéis próximos e oferece trabalho na zeladoria da cidade, pelo qual recebem R$ 15 por dia – mas sim a visão da elite paulista reacionária de que pobre bom é aquele a quem se reprime e maltrata. Em 2012, então em parceria com Gilberto Kassab (PSD), durante a Operação Sufoco, que pretendia limpar a área para permitir a privatização da “Nova Luz”, os “dependentes químicos” da região também foram violentamente reprimidos.
É a elite paulistana e seus representantes tucanos mostrando sua faceta fascista e higienista, expressando seu ódio de classe.


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