por Diego Grossi, J5J
Desde a ascenção de Chávez na Venezuela a mídia de todo o mundo tem feito uma campanha para desmoralizar o processo revolucionário e um dos meios utilizados é a ridícula comparação com o populismo. A mídia, como representante fiel da classe dominante, faz de tudo para descredibilizar qualquer processo revolucionário com medo de que estes sirvam de exemplo para os demais povos. A luta contra a "moderna Santa-Aliança" liderada pelo imperialismo ianque é um dever de todo indivíduo comprometido com o desenvolvimento harmônico, a solidariedade entre os povos e a verdade.
De fato a esquerda institucional radical latino-americana da virada desse século compartilha características em comum com o populismo do século passado, mas o centro de uma análise coerente não pode ser apenas a forma em detrimento do conteúdo e é nisso que pecam tanto os cães de guarda da grande mídia quanto os ortodoxos autodenominados de esquerda.
O conteúdo de classe do populismo era essencialmente burguês, surgiu para defender a industrialização nacional e lutar contra as elites agrárias e os setores burgueses ligados ao imperialismo. Estabeleceram uma aliança com a classe operária como forma de obter apoio para seu projeto anti-imperialista e ao mesmo tempo garantir a hegemonia burguesa, impedindo a revolução comunista. Era um período de ofensiva histórica das forças revolucionárias socialistas e de grande prestígio da Revolução Russa. O populismo era declaradamente anti-comunista, chegando em certos momentos a perseguir tanto os revolucionários quanto qualquer ditadura pró-imperialismo.
As esquerdas eleitorais surgidas na década de 90 e que estão ganhando força nesse início de século XXI já surgem em um momento histórico totalmente diferente. No mundo, o imperialismo avança com grande força e os revolucionários tradicionais encontram-se em defensiva estratégica, acuados principalmente por causa da queda da URSS (na qual foi muito comemorada por alguns pseudo-marxistas que hoje batem em Chávez) e da crise do marxismo. Em seus respectivos países (Venezuela, Bolívia, etc.) a ala nacionalista da burguesia encontra-se totalmente debilitada, foi derrotada através de golpes militares e mantida fora do poder durante as décadas de avanço neoliberal. Na Venezuela, Chávez é representante de amplos setores da sociedade, principalmente camponeses, trabalhadores urbanos e pequenos proprietários. Chávez é declaradamente socialista, possui um projeto claro de construção do poder popular e de socialização da propriedade privada, que ainda está em curso, podendo ou não se concretizar. A participação do Partido Comunista no governo de Chávez é outro fator que não pode ser esquecido.
O populismo serviu para impedir a revolução comunista num momento de ofensiva histórica do marxismo-leninismo. O chavizmo é o oposto, é uma resposta de amplos setores da sociedade às mazelas do capitalismo num momento onde as forças marxistas-leninistas encontram-se em defensiva estratégica. O conteúdo de classe e o momento histórico dos movimentos são totalmente distintos e até opostos. Querer dizer que vinho é igual água por que os dois são liquidos chega a ser infantil e chamar Chávez de populista, neopopulista ou sei lá qual termo inventem, não passa de aplicação mecânica do passado, quase sempre mal intencionada.
A pouca compreensão da importância do socialismo científico como guia para a ação revolucionária e a não condução direta do processo por uma vanguarda leninista pode gerar uma série de contradições no processo revolucionário venezuelano, mas nada melhor do que a prática revolucionária para aperfeiçoar dia após dia a luta do povo latino-americano pela "Pátria Grande" e socialista.
Pátria, socialismo ou morte!
Juramos vencer e venceremos!
De fato a esquerda institucional radical latino-americana da virada desse século compartilha características em comum com o populismo do século passado, mas o centro de uma análise coerente não pode ser apenas a forma em detrimento do conteúdo e é nisso que pecam tanto os cães de guarda da grande mídia quanto os ortodoxos autodenominados de esquerda.
O conteúdo de classe do populismo era essencialmente burguês, surgiu para defender a industrialização nacional e lutar contra as elites agrárias e os setores burgueses ligados ao imperialismo. Estabeleceram uma aliança com a classe operária como forma de obter apoio para seu projeto anti-imperialista e ao mesmo tempo garantir a hegemonia burguesa, impedindo a revolução comunista. Era um período de ofensiva histórica das forças revolucionárias socialistas e de grande prestígio da Revolução Russa. O populismo era declaradamente anti-comunista, chegando em certos momentos a perseguir tanto os revolucionários quanto qualquer ditadura pró-imperialismo.
As esquerdas eleitorais surgidas na década de 90 e que estão ganhando força nesse início de século XXI já surgem em um momento histórico totalmente diferente. No mundo, o imperialismo avança com grande força e os revolucionários tradicionais encontram-se em defensiva estratégica, acuados principalmente por causa da queda da URSS (na qual foi muito comemorada por alguns pseudo-marxistas que hoje batem em Chávez) e da crise do marxismo. Em seus respectivos países (Venezuela, Bolívia, etc.) a ala nacionalista da burguesia encontra-se totalmente debilitada, foi derrotada através de golpes militares e mantida fora do poder durante as décadas de avanço neoliberal. Na Venezuela, Chávez é representante de amplos setores da sociedade, principalmente camponeses, trabalhadores urbanos e pequenos proprietários. Chávez é declaradamente socialista, possui um projeto claro de construção do poder popular e de socialização da propriedade privada, que ainda está em curso, podendo ou não se concretizar. A participação do Partido Comunista no governo de Chávez é outro fator que não pode ser esquecido.
O populismo serviu para impedir a revolução comunista num momento de ofensiva histórica do marxismo-leninismo. O chavizmo é o oposto, é uma resposta de amplos setores da sociedade às mazelas do capitalismo num momento onde as forças marxistas-leninistas encontram-se em defensiva estratégica. O conteúdo de classe e o momento histórico dos movimentos são totalmente distintos e até opostos. Querer dizer que vinho é igual água por que os dois são liquidos chega a ser infantil e chamar Chávez de populista, neopopulista ou sei lá qual termo inventem, não passa de aplicação mecânica do passado, quase sempre mal intencionada.
A pouca compreensão da importância do socialismo científico como guia para a ação revolucionária e a não condução direta do processo por uma vanguarda leninista pode gerar uma série de contradições no processo revolucionário venezuelano, mas nada melhor do que a prática revolucionária para aperfeiçoar dia após dia a luta do povo latino-americano pela "Pátria Grande" e socialista.
Pátria, socialismo ou morte!
Juramos vencer e venceremos!
fonte: Blog Socialismo Científico Hoje
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